domingo, 13 de dezembro de 2009

Hélio Melo e a floresta do alumbramento


Hélio Melo, fotografado por Danilo de S'Acre.





Primeiro foi Hélio Melo, que fez tinta com o sumo de ervas e cascas de árvores para pintar o mundo seringueiro: a lida diária, a festa, a vida, mas também cavalos que sobem em árvores e bois que ocupam casas expulsando famílias. Sim, interpretações irônicas de uma sociedade injusta, pois sem ironia não há quem possa voar.
Com Hélio Melo fez-se a luz, a especialíssima luz orgânica e difusa que vem de um ponto além do horizonte em seus quadros e se espalha por entre as árvores, menos no espaço que no tempo.

Quem somos nós, nessa arte? Não somos. Surgimos como personagens de uma encenação da história, somos colocados aqui ou acolá conforme os papéis que o destino nos reserva. Estaríamos destinados a um tipo qualquer de fatalismo social, não fosse a ousadia de nosso olhar que vê o invisível e recria o mundo a partir da floresta.
Essa floresta humana, representada pelo olhar seringueiro, é o palco do drama e o habitat da realidade. Mas não deixa de ser misteriosa e mágica porque se faz repositório de esperanças.

É a base da vida e a plataforma de onde se lança o sonho em seu voo rumo a algum futuro.

Antonio Alves

Da exposição coletiva Via Látex - Asas da Imaginação
Novembro de 1999.
Aeroporto Internacional de Rio Branco - Acre.

 Hélio Melo em ação. By Danilo de S'Acre



Hélio Melo nas matas do Antimary (Amazonas-Brasil). Durante as filmagens do documentário "A Peleja de Hélio Melo com o Mapinguary do Antimary" de Silvio Margarido, Jorge Nazaré, Dalmir Ferreira, Ivan de Castela e Danilo de S'Acre. Foto de Jorge Nazaré.






Hélio Melo na Peleja... Foto: Danilo de S'Acre

Documentário sobre a arte de Hélio Melo. Por Silvio Margarido. Parcerias de Jorge Nazaré, Dalmir Ferreira, Ivan de Castela e Danilo de S'Acre.
Clique no link abaixo:

A Peleja de Hélio Melo com o Mapinguari do Antimari



13 comentários:

  1. sou, Raimunda pereira da silva, desejo trabalhar um projeto de ''Mestrado'' sobre o Artísta Plástico, escritor,seringueiro Hélio Melo.
    gostaria de solicitar autorização de seus familiares e entrevista-los.
    me ajude, sou da UNIVERSIDADE FEDERAL DE -RONDÔNIA.
    Técnica Adm. Educação formada em Letras Português, meu maior sonho é fazer um projeto sobre seus trabalho nas sete obras lançadas.
    Atenciosamente.
    Raimunda Pereira da Silva
    E- raipsilva@hotmail.com
    telefone tb.- UNIR- 2182-2184.

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  2. Oi, Raimunda. Vou tentar o contato da filha de Hélio. Assim que conseguir entrarei em contato com você.
    Abraços.

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  3. olá, mandaram-me do Marcos Afonso, mais falar com ela eu preciso. ok.obrigada.

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  4. DE GENESIO FERNANDES (jgenesiof@uol.com.br)


    Que bom ver esse site da associação. Como vão todos os amigos?
    Espero contato.
    Abram o facebook, coloquem lá "Genésio Fernandes" e verão o que ando fazendo.
    Um grande abraço.

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  5. GENÉSIO FERNANDES

    Genésio Fernandes, José (Maria da Fé, MG, 1946). Artista plástico, pinta desde 1967. Em 1970, participou do curso Pintura-Iniciação no Festival de Inverno de Ouro Preto/MG, obtendo Primeiro Prêmio. Em 1974, formou-se em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Itajubá/MG. Em Rio Branco, entre 1977/79, atuou no Departamento de Assuntos Culturais do Acre, fundou a primeira Escolinha de Arte do Estado, escreveu sobre a arte local e organizou exposições. Entre 1979/82, fez mestrado em Teoria da Literatura na Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Recife, escrevendo sobre Osman Lins. No período de 1983/84, atuou no Campus Avançado da Universidade Federal do Acre – UFAC, em Xapuri. Depois, quando voltou a Rio Branco, lecionou na UFAC e atuou no movimento cultural até 1990. Reside em Campo Grande desde 1991, onde lecionou no Curso de Letras e de Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS. Atualmente, leciona ainda no Curso de Letras e na Pós-graduação da UFMS e organiza a revista Rabiscos de Primeira, destinada a publicações de trabalhos acadêmicos de alunos. Em 1996, faz doutorado na Universidade de São Paulo – USP, dedicando-se à Semiótica do texto e aos estudos das práticas de leitura da paraliteratura. Em 1998 submete-se a uma banca examinadora da USP, obtendo bolsa de um ano em Paris, onde estuda, realiza pesquisas em bibliotecas e visita museus. Em setembro de 2000, conclui o Curso de Doutorado. O artista recebeu os seguintes prêmios:

    Primeiro Prêmio no Salão de Artes do Diretório Acadêmico da Escola de Engenharia de Itajubá/MG (1972); Terceiro Prêmio “Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul – FIEMS” no X Salão de Artes Plásticas de Mato Grosso do Sul - MS (1997) e Segundo Prêmio “Governo do Estado de MS” no XI Salão de Artes Plásticas de MS (1998).

    Participou de diversas coletivas, destacando-se: Pintores Acreanos em Brasília (1978); XII Salão de Artes Plásticas da UFPE, Recife (1981); exposição Mestres e Contemporâneos, Galeria Rodrigues, Recife (1980); Galeria 3 Galeras, Olinda/PE e Galeria Sol, São José dos Campos/SP (1984); Galeria de Arte da UFAC, Rio Branco (1986); XII Salão de Artes Plásticas de MS, Campo Grande (2001).

    Expôs individualmente na Galeria do Hotel Chuí, Rio Branco (1977); no Centro de Artes e Comunicação da UFPE; na Galeria Rodrigues, Recife (1980); na Universidade da Flórida/EUA, em Miami, em Gainesville e em Telahasse (todas em 1987); na Galeria de Arte da UFAC, Rio Branco (1991 e 1994); na Galeria do Banco do Brasil (1993); no Museu de Arte Contemporânea – MARCO (1995); na Morada dos Baís (1996) no Centro Cultural José Octávio Guizzo (2001); na Galeria do SESC/Horto de Campo Grande (2002); no Museu de Arte Contemporânea-MARCO com um “Panorama retrospectivo” (2003) e com “Desenhos – série erótica” (2004), entre outras.

    Em 2003 e 2004, o Museu de Arte Contemporânea-MS incorporou ao seu acervo mais de 120 obras, realizadas em diferentes épocas, doadas pelo artista, que possui também obras em diversas coleções particulares. Em 2005, compra um matão cheio de pedra, grutas, conversa de pássaros e almas de outro mundo - começa a criar cabrito: para leite, pintura, carne e narrativas.

    Para exp 204

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    1. Grande artista Genésio. Parabéns pelas suas criações de arte.

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  6. Olá amigo, estou fazendo uma dissertação de Mestrado pela Ufac, vc poderia conseguir o número do telefone da filha do Hélio Melo

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  7. Ah! Meu face é Jefferson Henrique Singmarin e email pra contato é jjeffersonhenrique@hotmail.com

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  8. Olá amigo, estou fazendo uma dissertação de Mestrado pela Ufac, vc poderia conseguir o número do telefone da filha do Hélio Melo

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  9. Senhor Danilo, na verdade queria algumas imagens para colocar na minha dissertação de Mestrado, como aquelas que os bois estão na casa no lugar dos seringueiros. Posso usar algumas de suas imagens aqui do blog? Se o senhor puder me ajudar, agradecerei muito! Jefferson Henrique Cidreira

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  10. Jefferson Henrique, obrigado por acessar o Canibal Visual. O blog tá à disposição para acesso e compartilhamento livre. Vou pesquisar as informações da filha de Hélio.
    Abraços e boa sorte.

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    1. Senhor Danilo agradeço, consegui o acesso com ela, mesmo assim, o blog está show. Posso utilizar algumas imagens do Hélio Melo em seu blog? Abraço e bom final de semana!

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    2. Claro que pode Jefferson. Compartihamento das imagens e textos autorizados, desde que cite as fontes.
      Abraços e boa sorte.

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