quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O Salto no Vazio e o Azul de Yves Klein

Performance de Antropometrias da Época Azul, 09 de março de 1960

Com o seu Salto no Vazio - intitulado Um Homem no Espaço! O Pintor do Espaço lança-se no Vazio! - Yves Klein realizava a encenação de um retrato do seu universo artístico. A foto, feita em 1960 por Harry Shunk, numa ruazinha dos arredores de Paris, acabou transformando-se num ícone visual do século XX.
Ainda hoje, numa época em que novas tecnologias, e a globalização possibilitam uma circulação extremamente rápida da informação, a invenção midíatica de Klein continua a ser um fenômeno verdadeiramente notável. Publicado há mais de 30 anos, o seu auto-retrato em Salto no Vazio abriu inegavelmente caminho para uma arte prioritariamente fundamental na imaginaçao. A autenticidade da sua contribuição para a concretização do sonho de voar explica o motivo de Klein ser considerado não só o grande pioneiro da arte europeia da década de 60, mas também sua projeção internacional ao longo dos anos 70 e 80. Joseph Kosuht consagrou-o como fundador da Arte Conceitual.
Os movimentos "Fluxus", "happenings", as "performances" e a "body art", cada um à sua maneira, encontram-se estruturalmente relacionados com o seu trabalho. O que essas correntes tinham em comum era um incentivo à descoberta de uma forma de criatividade que transcende as fronteiras nacionais, definindo critérios estéticos e encarregando-se da sua divulgação. Neste processo Yves Klein desempenha a função clássica do emissário, o arauto de uma nova cultura - invisível ainda, mas inegavelmente presente.
Texto extraído do livro KLEIN, de Hannah Weitemeier
Edições Taschen 2001
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