sábado, 19 de dezembro de 2009

Jean-Michel Basquiat





A arte de Jean -Michel Basquiat (1960-1988), considerada como "primitivismo intelectualizado", uma tendência neo-expressionista, retrata personagens esquéleticos, rostos apavorados, edifícios, policiais, ícones negros da música e do boxe, cenas da vida urbana, além de colagens, junto a pinceladas nervosas, escritas indecifráveis, sempre com cores fortes e vibrantes em tela de grandes dimensões.
Quase sempre a figura negra está retratada em meio ao caos.




Há também uma dessacralização de ícones da história da arte.
O período mais criativo da curta vida e da carreira meteórica de Basquiat situa-se entre 1982-1985, e coincide com a amizade do artista Andy Warhol, época em que faz colagens e quadros com mensagens escritas que lembram o grafite e remetem às suas raízes africanas.
Basquiat aos 17 anos com o amigo Al Diaz começa a fazer grafites em prédios abandonados de Manhattan. "Samo" ou "Samo shit" (a mesma merda de sempre), era a assinatura deixada nas paredes...






Basquiat também formou uma banda musical chamada Grey. Com Vicent Gallo, então cantor e ator. Tocavam em clubes e participaram do filme "New York Beat Movie".
"Downtown 81" é outro filme em que Basquiat-Samo faz uma atuação marcante.













Solitário, após a morte de Warhol em 1987, exagera no consumo de drogas e em agosto de 1988 acontece a trágica morte por overdose de heroína, que põe fim à carreira brilhante do primeiro afro-americano a ter acesso à fechada cena das artes plásticas novaiorquinas e, a partir daí, marca presença nas mais importantes exposições do mundo.






Basquiat em ação: senquência fotográfica de Lee Jaffe.







Para conhecer mais sobre Basquiat:
Basquiat - Traços de uma vida. Filme de 1996 inspirado na vida do artista. Dirigido por Julian Schnabel.
Livro: Basquiat, por Leonhard Emmerling, 2003-Editora TASCHEN.

Basquiat - Traços de uma vida. Filme de 1996 inspirado na vida do artista. Dirigido por Julian Schnabel. Veja aqui:  https://www.youtube.com/watch?v=3TzyGDWiqLs

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Antoni Tàpies



O uso de materiais atípicos, tais como areia, asfalto e outros materiais descartáveis, faz lembrar a obra dos artistas da Arte Povera que transformavam os elementos mais simples em obras de arte, enquanto que os rabiscos ao acaso são influenciados pela Arte Informal, um movimento que se centrava em obras abstratas inspiradas no subconsciente do artista.
Nascido em Barcelona em 10 de abril de 1923, Tàpies testemunhou em primeira mão os acontecimentos da Guerra Civil espanhola.
A guerra teve um papel fundamental em sua obra, dando-lhe uma dimensão influente e ocasionalmente um ponto de vista político.
Antoni Tàpies é um dos mais importantes artistas espanhóis do pós-guerra, admirado pela beleza perene das suas obras.
Guggnheim Colletion - Tàpies biography.










domingo, 13 de dezembro de 2009

Hélio Melo e a floresta do alumbramento


Hélio Melo, fotografado por Danilo de S'Acre.





Primeiro foi Hélio Melo, que fez tinta com o sumo de ervas e cascas de árvores para pintar o mundo seringueiro: a lida diária, a festa, a vida, mas também cavalos que sobem em árvores e bois que ocupam casas expulsando famílias. Sim, interpretações irônicas de uma sociedade injusta, pois sem ironia não há quem possa voar.
Com Hélio Melo fez-se a luz, a especialíssima luz orgânica e difusa que vem de um ponto além do horizonte em seus quadros e se espalha por entre as árvores, menos no espaço que no tempo.

Quem somos nós, nessa arte? Não somos. Surgimos como personagens de uma encenação da história, somos colocados aqui ou acolá conforme os papéis que o destino nos reserva. Estaríamos destinados a um tipo qualquer de fatalismo social, não fosse a ousadia de nosso olhar que vê o invisível e recria o mundo a partir da floresta.
Essa floresta humana, representada pelo olhar seringueiro, é o palco do drama e o habitat da realidade. Mas não deixa de ser misteriosa e mágica porque se faz repositório de esperanças.

É a base da vida e a plataforma de onde se lança o sonho em seu voo rumo a algum futuro.

Antonio Alves

Da exposição coletiva Via Látex - Asas da Imaginação
Novembro de 1999.
Aeroporto Internacional de Rio Branco - Acre.

 Hélio Melo em ação. By Danilo de S'Acre



Hélio Melo nas matas do Antimary (Amazonas-Brasil). Durante as filmagens do documentário "A Peleja de Hélio Melo com o Mapinguary do Antimary" de Silvio Margarido, Jorge Nazaré, Dalmir Ferreira, Ivan de Castela e Danilo de S'Acre. Foto de Jorge Nazaré.






Hélio Melo na Peleja... Foto: Danilo de S'Acre

Documentário sobre a arte de Hélio Melo. Por Silvio Margarido. Parcerias de Jorge Nazaré, Dalmir Ferreira, Ivan de Castela e Danilo de S'Acre.
Clique no link abaixo:

A Peleja de Hélio Melo com o Mapinguari do Antimari